Não quero ser rebuscada.
Busco e re-busco em cada um
a poesia perdida ou nunca encontrada.
É com encontros que rimo
cada um dos meus versos.
Ver só a beleza e a genialidade
das palavras não me interessa.
Não tenho pressa.
Não presto para ser notável, intelectual.
Meu intelecto mal dá conta
de minhas próprias questões.
Então sim, faço questão
de ter minha poesia entendida,
estendida ao maior número
de leitores.
Não por sucesso ou grana,
mas por gana de querer passar adiante
minhas mensagens.
Elas não são só
minhas “viagens”.
São nossas vontades
de nos entendermos,
de vivermos cada vez
com maior serenidade.
Não, não busco
ser a verdade.
Re-busco em cada um
sua própria verdade.
A minha é tentar ser
cada vez mais simples
e isso é altamente rebuscado.