A palavra difícil começa a se transformar em realidade: modelo de desenvolvimento sustentável em que é possível gerar riqueza extraindo madeira de propriedades rurais ao mesmo tempo em que se preserva a área de floresta nativa que corresponde a 65% do total. O que não elimina a exploração no plantio dos grãos e da criação de gado. Mas é preciso impedir que toda essa estrutura econômica avance sobre a parte mais frágil e mais valiosa que é a Floresta Amazônica. O município paraense de Paragominas deu início ao modelo para reduzir o desmatamento e sair da lista dos maiores devastadores da Floresta Amazônica, ao cadastrar 94% de sua área rural e cruzar com as imagens dos satélites que detectam queimadas e identificam os responsáveis. A legalidade das terras é o ponto de partida para virar a página do desmatamento predatório para o desenvolvimento sustentável da Amazônia. Quem aceitou se cadastrar foi anistiado de multas causadas pelo passivo ambiental do passado, desde que assuma sua cota de recompor áreas de proteção permanente para compensar o abatimento. Os grileiros transformados em grandes fazendeiros se constituem na ovelha negra da família por não terem como legalizar terras e produção e, por isso, arrancarem do solo o que bem entenderem e da forma que mais lhes convier. A posse da terra continua a ser o nó das questões agrárias. No entanto, principia a ser desatado o nó entre preservação de santuários verdes e sua exploração racional e equilibrada.
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