O exemplo tem que vir de cima. Não funciona no futebol brasileiro. Os nossos principais jogadores só nos envergonham com tanto mau exemplo, à medida que se enriquecem e dão gorjetas de 600 dólares para demonstrar o grau de generosidade de sua fama. Robinho, casado e com filhos, foi acusado de estupro na Inglaterra. Ronaldo está em vias de passar a torcida corintiana pra trás com seu inchaço em todas as linhas, depois do estrago causado pelos travestis, em desacordo com a gravidez de sua namorada. Ronaldinho assume que sua verdadeira vocação são as noitadas e que cansou sua beleza se aproximar do nível de futebol do Pelé – é preferível ser mais um que ganhe bem. Adriano é outro que se acha ao exigir que o chamem de imperador, ao lado de mulheres que despacha com freqüência, quando descobre que só estão interessadas no baú da felicidade. Sempre se recomendou aos nossos artistas do futebol aprimorar suas qualidades, sejam quais forem, mas a idolatria cega provoca o ócio da mente, tapando os ouvidos para não interromper a lua-de-mel com a ovação do público. Nasceram de cu pra lua com seu talento incomum no planeta e desperdiçam sem a menor noção dos danos que isso provoca em sua trajetória. Arrependimento pode não matar, porém destrói um bocado.