Esquento torradas no forno
enquanto tomo banho.
Seco o cabelo bebendo café.
Se o tempo não dá pé,
eu o degusto pelas beiradas,
até sorvê-lo todinho.
Sabe como é que é,
a vida anda atribulada
e ainda escrevo poesia
nos intervalos do dia a dia.
No metrô, na rua, no banheiro…
Só não posso escrever no chuveiro,
mas mesmo assim crio.
Para cultivar minha alegria,
mesmo com pouco dinheiro,
vale todo meu esforço
em horário não convencional,
porque no comercial,
sou publicitária, meio secretária,
redatora, revisora, meio mídia
e principalmente
atendimento a cliente.
Ufa! Sou gente
que precisa pagar as contas.
Elas me deixam até tonta,
nem te conto!
Mas o fato é que eu
não durmo no ponto
– tá bom, às vezes –
porque tenho um sonho e tanto.
Um algo mais de encanto
que norteia meus passos.
A vida não me deu o que quero?
Não tem problema.
Vou lá e faço!
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