A Rússia ameaçou Finlândia e Suécia com graves consequências político-militares caso os dois países, que assumiram uma posição de neutralidade desde a Segunda Guerra Mundial, se juntem à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a aliança militar comandada pelos Estados Unidos criada para se antepor à União Soviética e ao comunismo durante a famosa Guerra Fria. Cuja extinção deveria ter sido declarada com o fim do comunismo. Se não mais houvesse conflitos para disputar hegemonia por novas áreas de influência e verdadeiras guerras econômicas para angariar maior riqueza e poder. Apostando na diplomacia para evitar confrontos fratricidas, pois viemos do mesmo tronco. Até mesmo Rússia e Kiev (como era chamada a Ucrânia) eram irmãs siamesas, separando-se em 1054. Mas a Rússia se identifica melhor com o espírito hegemônico ou czarista ou cossaco ou autoritário. O presidente russo afirmou que não combate unidades do exército da Ucrânia e sim formações nacionalistas que se comportam como verdadeiros terroristas usando civis como escudos humanos, ao distribuir suas armas em áreas civis – quando o presidente Volodymyr Zelensky arregimenta as forças ucranianas na defesa do seu país. Putin pediu então ao exército ucraniano para tomar o poder em Kiev e derrubar os que chamou de “neonazistas e viciados em drogas”. Se houvesse um golpe, seria mais fácil para Putin negociar o futuro da Ucrânia com os ucranianos – como já tem acordado com a Bielorrússia. Um claro aviso de que a vida de Zelensky corre sérios riscos. “Toda guerra deixa o mundo pior do que o encontrou. A guerra é um fracasso da política e da humanidade, uma rendição vergonhosa, uma derrota perante às forças do mal”, declarou o Papa Francisco, citando uma frase de sua última encíclica, “Fratelli tutti”, dedicada à fraternidade.
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