Marina e os tucanos, cada vez mais afinados em seus discursos e não contentes em desincumbir-se de suas campanhas, ainda encontram tempo para debater em torno da defenestração de Ciro, julgando fruto de uma montagem ardilosa que visa a manutenção de um projeto de poder garantido pela permanência de um grupo político com o PT à frente, no controle das ações por tempo indeterminado. Quando Lula não é de ficar em cima do muro e já tinha optado pela Dilma faz tempo, salvo se Ciro estivesse à frente nas pesquisas – jogava com 2 candidatos. Mas Ciro quando abre a boca é capaz de xingar de ladrão o mesmo PMDB que apoia o seu irmão governador do Ceará, em aliança com o tucano Tasso Jereissati. Portanto, Dilma é mais confiável do que Ciro. Assim como Serra não confia em Itamar Franco para seu vice, pois já foi vice de Collor. Bem como Cesar Maia passou a ser confiável para o candidato Gabeira, depois que injuriou o fisiologismo na figura de Severino, presidente da Câmara, para agora aderir ao conservadorismo que sempre abominou. Se São Paulo merece mais e há quase 20 anos o povo elege governos do PSDB e ninguém contesta o projeto de poder costurado por uma irmandade de interesses maiores e ocultos, cujo caráter maçônico sempre imperou em São Paulo. Quem precisa de um novo jeito de governar se o eleitor paulista não quer mudar, está satisfeito e confia cegamente nos seus representantes?