A cidade de São Paulo se encontra sitiada pelo assédio político do bolsonarismo na campanha dos candidatos a prefeito, seja por trás dos panos por meio de Bolsonaro, seja pelo palhaço do candidato Marçal, sem direito a fazer uso de campanha pela TV ou rádio por falta de representação política de seu partido no Congresso, e tão somente se valendo de suas redes sociais, de suas fake news e de agressões sujas aos seus contendores, que também visam pegar uma carona nas notícias dos jornais, mesmo com o seu nome metido em escândalos.
A tradição histórica e cultural de São Paulo não merece ficar à mercê do bolsonarismo, pois significaria render-se à ignorância e ao banditismo que campeia no país, ainda mais no seu estado mais instruído onde o nível de informação e inerente esclarecimento deveriam prevalecer em suas decisões políticas. Como se já não bastasse a imagem de Marçal atrelada ao PCC, a facção criminosa de maior ressonância no Brasil, em relação carnal com os golpistas verde-amarelos do miliciano Bolsonaro, formando o maior rebanho bovino a pastar no agronegócio.
Se um bolsonaro já era demais, dois é aberração. Faz-nos lembrar do provincianismo paulista do tempo do Sítio do Pica-pau Amarelo, de Monteiro Lobato, quando se avizinha mais uma traição à vista de Bolsonaro. O insosso Ricardo Nunes, prestes a ser consumido na fogueira das traições, alvo de uma debandada por esse gado analfabeto rumo à candidatura de Pablo Marçal a prefeito de São Paulo.
Serão eles analfabetos de pai e mãe? Ou broncos? De um raciocínio difícil que não flui nem evolui. Ou nasceram com o dedo podre? E o que dizer dos professores que se tornam fanáticos pela seita bolsonarista? Vão esquecer do que aprenderam? Ou não chegaram a tanto? Ah, e uma tradutora, o que acham? Passa uma vida a ler livros, a traduzir, para negar a ciência e a pandemia, fazer ares de idiota quanto à destruição da natureza e o envenenamento dos rios com mercúrio, e se lixar para o patrimônio histórico. E os gays que colocam a ideologia acima da homofobia alardeada por Bolsonaro? Já os trans se revelam muito mais antenados com a questão da sobrevivência.
O objetivo precípuo é ter a cidade de São Paulo nas mãos de bolsonaristas para que o butim de uma das maiores cidades do mundo possa ser bem explorado. Por isso, prevê-se um embate entre Bolsonaro e Marçal, se a candidatura Nunes não se esvaziar. Ou então Bolsonaro trair o apagado Nunes e se aliar ao seu discípulo, antes que ele o traia. Chegada a hora certa, um pode apagar o outro, se vivemos em terra de milicianos eleitos. Ou então se abraçam para dividirem o tesouro paulistano graças ao intelecto privilegiado de seu cidadão, maior de idade capaz de decidir o destino de sua megalópole, com uma visão de futuro sem paralelo se comparado ao restante do país e na precisão de seu voto, o mais famoso chamado de Cacareco, em 1959 – atualizado pelo voto no Tiririca.
Ou então o paulistano votar na vitória do Boulos, repetindo a vitória fenomenal de Erundina em 1989, quando ela derrotou Maluf abraçado aos frangalhos da ditadura militar. A greve na Companhia Siderúrgica Nacional em Volta Redonda, nas proximidades da eleição e que terminou com a morte de três operários devido à truculenta ação do Exército, ajudou a opinião pública a rejeitar uma ditadura que teimava em não aceitar seu sepultamento. Quem sabe se a tentativa de golpe promovida por Bolsonaro, logo que Lula foi eleito, não ensejará mais outra batalha perdida e sua consequente prisão?