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SAUDADES DO CARNAVAL (2022)

Bicampeão! Mais uma vez o Carnaval não irá para as ruas, desta vez em razão da virulência do vírus Ômicron, que transmite como uma peste, mas não mata, exaurido pela vacina. Embora o Carnaval esteja previsto para ser comemorado em abril, a partir do feriado de Tiradentes na 5ª feira, enforcando-se o restante da semana
Rola samba comemorar Carnaval fora de época? Se falta campanha para expandir a vacinação, se um presidente genocida não tem o menor interesse em imunizar crianças entre 5 e 11 anos, se o ministro da Saúde se preocupa mais em lamber os coturnos de seu patrão do que em vacinar, se os médicos vassalos de Bolsonaro ainda insistem na cloroquina e demais medicações falsas para abater a Covid.
Para que fantasiar se já andamos de máscara todo dia? Se não devemos formar aglomerações sob o risco de nos contaminar e acabar com o nosso carnaval aqui na Terra. Se beijar de máscara não é a mesma coisa do que beijar de língua para sentir o hálito gostoso do bêbado.
Mas não dá para ficar sozinho e a perigo. O Carnaval quebrava o galho. Contudo, o trocar beijo tornou-se um perigo. Já sei! Tive uma ideia!
Vou me aproximar dela, como quem não quer nada, e confidenciar que, se estivéssemos em ambiente carnavalesco, não sei se poderia confessar que já faz tempo que eu procuro me aproximar e levar uma ideia. De amor, evidentemente. Mas você não nota minha presença. Difícil de penetrar no alvoroço de sua vida. Longe de mim insinuar que é proposital para se proteger de mim. Reconheço que tive de reunir muita coragem. Para me entregar tão a descoberto. Vai que você negue. Ou valorize o que pouco pesa, se abstraindo o que importa, com medo de se envolver. Não vou insistir.
Por isso, sinto saudades do Carnaval. Porque me levantaria e me juntaria à massa sem eira nem beira, à massa ignara e sem rumo, à massa que ulula de júbilo, e desvaneceria para aliviar a dor de não ser correspondido. Ou de ela sempre hesitar. Se bem que o ideal seria anular meu ego por completo e afogar minhas mágoas no dilúvio de uma chuva de verão.

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Antonio Carlos Gaio
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