Bolsonaro está acostumado a produzir crises para desviar o foco de seu governo – lembram-se de criar uma Cancún ao lado da usina atômica em Angra? Era preciso abafar os vazamentos de conversações criminosas entre Moro, Dallagnol e os desembargadores da 2ª instância para manter Lula preso, além dos prejuízos gerados à população na votação da reforma da Previdência, excluída a classe política e os militares. Portanto, nomear o filho 03 para ser o embaixador do Brasil no país mais importante do planeta faz parte da estratégia diabólica. Confundir a opinião pública, com Eduardo Bolsonaro alardeando como experiência já ter fritado hambúrguer nos EUA. Sem medo de cair no ridículo, nem mesmo junto à população que votou na família Bolsonaro, que ainda se impressiona com suas iniciativas, nem de arranhar a imagem histórica e pragmaticamente construída pela diplomacia, desde o Barão do Rio Branco. Dane-se se isso nivela seu governo a ditaduras árabes e africanas, ou à velha política. Basta dizer que não é bem assim! Ou, então, mentir, tanto faz se a imagem do Brasil vai ficar abalada pelo simples capricho do pai fazer bilu-bilu no seu filho, cuja função anterior era a de escrivão da Polícia. Obrigando o Poder Judiciário a interditar a indicação por descarado nepotismo e o Senado a não aprovar seu nome por absoluta desqualificação se confrontado a embaixadores de grande experiência que por lá foram submetidos à sabatina. A votação será secreta, Bolsonaro nunca se preocupou em construir uma base parlamentar e os senadores não irão querer se comprometer, ainda mais que Eduardo precisa abrir mão da cadeira de deputado federal para se habilitar. Mais uma aventura do desequilibrado do Bolsonaro, que se diverte em brincar de presidente. Pois se Calígula nomeou seu cavalo Incitatus como senador romano e pensou em designá-lo cônsul de algum território anexado, por que não o filho do asno como embaixador?