Já faz 33 anos que os familiares de 58 ativistas do PC do B procuram seus corpos, desaparecidos na guerrilha do Araguaia, tamanha a fúria da ditadura militar que os torturou, matou e enterrou em local que as Forças Armadas mantêm em segredo. Enquanto a esquerda que pegou em armas empurra com a barriga, agora que está no poder. Pesou a consciência de ex-recrutas que ajudaram a reprimir a luta armada e que ganharam terras na região do conflito como recompensa. Conhecem os principais pontos do confronto e de possíveis sepulturas. Páginas de uma novela de extermínio em que nenhum guerrilheiro sobreviveu, se descobrirem que seus restos foram removidos, empilhados e consumidos numa grande fogueira.
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