Ao invés de a mídia no Brasil lastimar que sua igual na Grã-Bretanha, através da ação criminosa do barão do jornalismo anglo-saxão, Rupert Murdoch, com escutas ilegais e chantagens seguindo a linha do escândalo em vez da verdade, concentra suas baterias no fantasma José Dirceu insistir na regulação da mídia para que o golpismo não prospere. Por que a mídia instiga os brasileiros a saírem às ruas contra a corrupção, receando criticar o povo, que elegeu no ano passado seus representantes no Congresso, corruptos ou não? Evitando atacar a Justiça, que se mostrou insensível com a impunidade liberando os fichas sujas. E esquivando-se de fazer reparos à OAB por não promover uma faxina em seus quadros, tamanho o envolvimento de parcela substancial de advogados do diabo ou de porta de xadrez com a corrupção. Quem iria confiar numa oposição com telhado de vidro, comandando passeatas sem o apoio da UNE e das centrais sindicais, acusados por tucanos e demos de estarem atrelados ao aparelho do governo na era Lula? Se o povo brasileiro parece anestesiado com o progresso de suas condições econômicas, as viúvas do udenismo têm que parecer honestas. Se fosse fácil acabar com a corrupção, os EUA não teriam a maior população carcerária do mundo.