Todos os caminhos levam a Roma, quando se queria referir ao Papa. Mas todo e qualquer caminho tem um começo e, irreversivelmente, um fim. Requer a fé que abre os olhos se lhe parecer longo e difícil de completar. Não existe caminho sem saída, apenas o temor em atravessá-lo. Quando batemos o martelo e dizemos que o problema não tem solução, é por não concebermos uma solução admissível, compatível com o nosso querer. Aí alongamos o caminho a ser vencido e o tornamos mais sofrido. O melhor exemplo é quando a saída implicar em deixar um sonho para trás, nele reconhecendo erros ou tomada de decisões equivocadas, ao vislumbrarmos barreiras no meio do caminho, sem saber o que fazer. Os dias custam a passar, os anos não terminam, o travo amargo na boca com a sensação de estar perdendo alegrias que não voltam mais. Não podemos nos agarrar a pendências que se eternizam. Sonhos vão e vêm e consagram a vida desde o princípio do mundo. Não existe uma porta fechada para a qual não se abra outra, embora possa não haver uma correlação imediata e da mesma grandeza. Mas de muito maior importância e significado para o estágio que está por ingressar. Nem sempre compreendido por quem sonha alto e fora da realidade. Se a fé abre novas perspectivas se desapegar do passado e construir uma renovada narrativa.
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