O Exército começa a funcionar em meio expediente às segundas-feiras. O objetivo é economizar o almoço dos recrutas, que só terão de se apresentar nos quartéis no turno da tarde. Mas se a tropa já é liberada no fim da manhã das sextas-feiras! A medida é em caráter provisório para enfrentar a escassez de recursos, como munições para treinamento com armas, em flagrante contradição com a compra de 36 caças para a Aeronáutica e um submarino nuclear para a Marinha. Greve branca disparada logo pelo Exército? De secular tradição em reprimir manifestações populares que intentassem golpear o poder. Ou afronta ao governo do Bolsa Família? Quando cortou a refeição do soldado, pobre e filho de mãe solteira. Transparecendo excesso no contingente militar e ociosidade, a desnecessidade de tanta Força na ausência de guerra. Embora restem, por baixo, estradas por construir, a Amazônia, hospitais e colégios militares, cuja engenharia e tecnologia empregadas não se comparam com o alto custo de aviões de combate, helicópteros e submarinos. Então, ciumeira? Se, ao menos, emprestassem blindados no combate ao tráfico de drogas, teriam uma boa desculpa. Para quem é obrigado, por força do ofício, a usar o bestunto na estratégia de confrontos, não foi uma boa política.