O Senado e a Câmara dos Deputados estão na TPM para eleger seus respectivos presidentes. Defensores da ética, moralistas e honestos para inglês ver se misturam a fisiológicos, corruptos e figuras folclóricas num clima tenso pela disputa de cargos. Não se consegue nem vender a alma ao Diabo, na virtude de haver gente se oferecendo de graça. Obrigando o comentarista realmente técnico, Moreira Franco, no conforto do cargo de vice-presidente da Caixa Econômica, a filosofar: “A traição tem que ter uma razão”. A traição não pode ser regra e desmoralizar as instituições democráticas. Como a eleição de Severino Cavalcanti a bedel da Câmara, levando propina do restaurante do Congresso, só para contrariar o PT. Ou elevando Sarney às alturas, de novo, para vetar o ingresso da Venezuela de Chávez no Mercosul, como se ele ainda fosse presidente da República. Pensou em Sarney, vem a lembrança inevitável de Tancredo Neves.