É não esquecer seu estado de origem, mas, pouco a pouco, ir deixando de sê-lo, sem se aperceber, pensando que está se adaptando, quando, na verdade, incorpora o modo de ser do carioca, graças à liberdade que o faculta ser o que nunca imaginou, mesmo não admitindo, pequena mentira que grassa até engrossar no bairrista que não se cansa de elogiar na conjugação impossível de praias, florestas, morros, favelas, samba, bandidos, tiros e bunda arrebitada, a lembrar o que esqueceu: onde foi mesmo que nasci?
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