O que fez um turista francês para merecer morrer aos 25 anos caindo do bondinho de Santa Tereza sobre os Arcos da Lapa? Viajava de pé no estribo, desequilibrando-se de uma altura correspondente a um prédio de 5 andares, quando tentava tirar fotos de uma amiga e o bonde circulava a apenas 5 km por hora. Se não estivesse previsto para morrer no dia 24 de junho de 2011, o vão entre a mureta dos arcos e a tela de proteção ali não estaria à sua disposição para ele passar direto e estabacar-se todo lá embaixo. Nem o acidente ocorreria se atacadas as obras de restauração da parte superior dos Arcos, embora a tela não fosse prevista para suportar corpos que caem. Nem, agonizando, despedir-se da vida vendo sua câmera fotográfica e a carteira com dinheiro roubadas por pivetes. Embora ainda se consiga compreender o alcance de certos aspectos da vida, positivamente, a morte não é da nossa alçada, é outro departamento, o mistério maior.