Dando uma pinta de moderno, José Serra tende a seguir o conselho de Aécio e se fixar no pós-Lula, de olho no futuro, podendo mais o Brasil, como puderam os EUA com Obama. Dilma ficará no passado recente, na tradição da continuidade de quanto melhor, melhor irá ficar. Puxará a brasa para a sua sardinha: mais do que nós contra eles, estará em jogo o governo Lula contra o FHC das privatizações. Serra puxará para o confronto de currículos, bem ao gosto acadêmico dos tucanos, que adoram chamar Lula de não chegado às letras. A oposição insistirá em colar na Dilma a pecha de terrorista. O troco virá na covardia de Serra em fugir da própria luta como ex-presidente da UNE, a salvo da ditadura militar no Chile.