O “Jornal Nacional” aliviou Serra no espaço aberto para entrevistar os candidatos a presidente. Enquanto Serra navegou em céu de brigadeiro, Dilma foi torturada com flagrante diferença de tratamento em tom acusatório, para não falar da deselegância com Marina, apenas para realçar o mensalão do PT. Esquecendo-se do Arruda, a noiva prometida para o Serra emplacar seu vice. A preferência é nítida; o amigo oculto subiu na garupa do Serra, cujo foco é a qualidade da saúde pública e das condições das estradas. Parece até que a população paulista pode acorrer à vontade ao Hospital Sírio-Libanês, como o presidente do Paraguai, que será bem recebida no heliporto, livre do mutirão e da demora no atendimento e na marcação de consultas. Economia que é bom e criação de empregos, que sempre foram a preocupação de qualquer postulante, é assunto que não interessa levantar. Bom sinal: estamos indo bem. O foco não é Lula, que não será eleito em 2010. Nem a sua projeção internacional extraordinária e do Brasil no seu governo; muito menos o seu formidável e inédito apoio interno. Os mesmos que fizeram campanhas vitoriosas para eleger Collor e depois FHC se opõem desabridamente à imensa maioria da população que apoia Lula. Procurando facilitar o mais que podem para Serra vencer. Isso já é desespero de causa.