Serra faz jus ao passaporte para o inferno quando pretende se passar por crente, assinando embaixo de “Jesus é a verdade e a justiça”, impresso em milhões de cartões de plástico duro (tipo cartão telefônico) com sua efígie, número, a tecla de “Confirma” e o slogan “Serra é do bem”. A ofensiva é para conquistar os votos de Marina oriundos do eleitorado evangélico e arrebanhar ovelhas marcando bobeira e pensando em se desgarrar do lulismo. Nem os muçulmanos, que são mais fanáticos e fundamentalistas, usariam tamanho expediente como estratégia de campanha para converter a eleição em guerra religiosa, aproveitando-se da boa-fé e do espírito cristão do povo brasileiro. Além de banalizar a espiritualidade, que deve fluir em águas calmas. Serra merece ser condenado pela violação do 2º Mandamento das Leis de Deus: “Não invocar o Santo Nome de Deus em vão”. Por se tratar de estelionato de caráter religioso, ainda mais vindo de ateus como ele e FHC! Nem Alckmin, vinculado à Opus Dei, seria capaz de tal sacrilégio! O pior é que o tró-ló-ló obscurantista e reacionário provém de tucanos antenados com privatizações alardeadas como o símbolo da modernidade no Brasil! No todo, é de um moralismo verdadeiramente imoral. Reclamavam tanto que Lula tentava se passar por Messias, para Serra ousar pôr seu jamegão debaixo da cruz de Cristo – a cruz de seu santo nome alvo de blasfêmia pela classe política. Na iminência de ser derrotado e encerrar sua carreira política transformando-se em Zé do Caixão, Zé Serra preferiu vender sua alma para o diabo.