Serra acusa: se Dilma não soube de nenhuma transgressão da vizinha de sala, acompanhante e apadrinhada política Erenice Guerra, é por ser inepta; se soube, é cúmplice. Dilma reage: nem uma coisa nem outra. Não acredita que exista alguém que saiba tudo o que esteja acontecendo dentro de sua própria família ou que saiba tudo sobre o que está ocorrendo nos meandros do governo. Serra explode, ao se apresentar como ficha limpa: é um escândalo atrás do outro. Se eleito for, não haverá escândalos como esses da Casa Civil, desviando dinheiro do povo para o bolso dos corruptos. Implantará um padrão de austeridade que evitará sobrepreços. Não haverá partilha de propina nas dependências do Palácio do Planalto. Se não fosse brincar com as classes sociais mais pobres, que melhoraram muito sua condição de vida no governo Lula, até que valeria a alternância de poder só para aferir se a pregação moral de Serra em prol de um Brasil honesto daria fim às falcatruas denunciadas diariamente na mídia ou se não repetiria o fim de eminentes paulistas que garantiram varrer a corrupção do país e acabaram varridos do nosso cenário.