Para deixar Dilma louca, Serra está adotando a tática de um dia associá-la ao narcotráfico, às guerrilhas das Farcs na Colômbia, às invasões do MST, para no dia seguinte tudo virar tró-ló-ló e posar de candidato com propostas por discutir. O objetivo é colar na Dilma a imagem de terrorista, quando ela teve a coragem de nos anos de chumbo enfrentar a ditadura e encarar as torturas, enquanto Serra fugia com o rabo entre as pernas rumo ao Chile. Na época, Serra ainda precisava de uma ideologia para viver, longe do arauto do caos que viria a interpretar nas campanhas presidenciais de 2002 e 2010 para enganar os eleitores com a mensagem do medo – que deixou Regina Duarte gravada nas nossas retinas. Com seu ar cavernoso, Serra bem que pode convencer seu eleitorado quanto ao pessimismo que se alastra pelo país, ao Brasil de Lula não dar certo, as coisas com Dilma ficarem piores do que já estão. Embora no dia seguinte tudo seja lero-lero. Até Serra virar abóbora de tanto brincar de ser o coveiro de Dilma.