Para o Serra, ter firmado uma declaração para cumprir o mandato de prefeito paulistano até o fim, no período 2004/2008, não faz a menor diferença. Pouco importa se foi registrado em cartório. Quando o que está escrito vale para bicheiro, como atesta o senador Demóstenes Torres. Embora, para o político, basta valer apenas a palavra. Daí Serra ter chamado a tal declaração de “papelzinho” no frigir de seus 70 anos de idade, em que se acostumou a levar bolinha de papel na carequinha em campanha eleitoral e se submeter à tomografia, que não revelou se está ou não ruim da cabeça. O que acabou por se tornar num papelão do velho ator tucano, a respeito do que a mídia se calou e bem como sobre as peripécias de Serra nas privatarias tucanas, narradas no livro Amaury Ribeiro Jr. Resta saber qual é o papel de Serra para o futuro da oposição. Se um instrumento para permanecer mais tempo no poder em São Paulo ou ficar enganando como candidato a presidente e não dar mole para o Aécio. Ou fazendo papel de bobo da corte.