Sexismo é o homem continuar a ver a mulher como objeto sexual. Ainda não sendo levada a sério pelo outrora sexo forte. Pelo contingente de homens, nada pequeno, que ainda continua dominando a política e concentrando em suas mãos os postos mais altos da economia e da administração. No seu eterno papel de fazer comentários inapropriados e com brincadeiras de duplo sentido.
O problema não é exclusivo de alguns sessentões bon vivant, pois o uso constante de fotos de mulheres seminuas na publicidade, onde sua figura na capa aumenta a vendagem, vai arrebanhando novas caras.
O sexismo se origina, de fato, na competição surda e disputa de poder entre homens que querem continuar a ser os dominadores.
A abordagem parte dos próprios chefes em ambiente de trabalho – o assédio sexual. Preferencialmente, pra cima de mulheres que trabalham em funções como vendedoras ou faxineiras e, assim, podendo exercer seu poder econômico.
E o pior é que têm a desfaçatez de atribuir ao seu excesso de libido. Como se, em sua megalomania, sua sexualidade correspondesse à de um jovem. Quando, na verdade, procura sugar obsessivamente a energia aproveitável que ainda resta de seus instintos de vida por associar os eventuais picos de falta de energia na sexualidade a avisos da morte. Também pudera, acostumou-se, ao longo da vida, a julgar que a situação estivesse sob seu controle. Não mais extrai da libido o prazer de dominar, se lhe foram cortadas algumas conexões que supriam sua energia mental que associa a sexismo: o uso desabusado de sexo. Deviam ser mais modestos e se enquadrarem no último canto das sereias, aderindo à libido do conhecimento, até para entender o início, meio e fim desse processo.