A Medida Provisória de Bolsonaro veio como um aceno à militância digital bolsonarista, apresentada na segunda-feira 6 de setembro de 2021, na véspera do anúncio fake de estado de sítio que viria na madrugada de 7 de setembro – a tentativa de golpe. A MP altera o Marco Civil da Internet (que levou 7 anos para ser gerada) e objetiva dificultar a ação de barreiras para evitar a divulgação de conteúdo criminoso e do discurso de ódio, no propósito explícito de impedir a remoção de desinformação das redes sociais. Mais fake news. Sancionou com vetos a lei que revoga a Lei de Segurança Nacional, criada durante a ditadura militar, como os dispositivos que previam até cinco anos de reclusão para quem cometesse o crime de “comunicação enganosa em massa” (fake news) e o que aumentava a pena para militares (perda do posto, da patente ou da graduação) envolvidos em crimes contra o Estado Democrático de Direito – ou seja, os apologistas da ditadura, como Bolsonaro. A ênfase nas fake news nos remete à facada fake que guindou Bolsonaro a presidente da República, livrando-o dos debates no 2º turno, onde ficariam explicitadas toda sua ignorância e podridão. Bolsonaro não é só uma farsa, é também criminoso. Pois comete seguidos delitos para subverter a democracia e minar as instituições. A prova está nos dispositivos de lei vetados, na Medida Provisória que antecedeu o golpe frustrado e na facada, que veio na sequência ao golpe na Dilma e à prisão de Lula.