Aqueles que não transpiram uma vida de conexão com o Todo e não acreditam no poder do Plano Espiritual sobre o nosso destino, querendo impor sua vontade sobre o dia a dia a qualquer custo, não conseguem interpretar os sinais que a vida lhes envia.
Os que já despertaram para esta verdade, ao invés de querer controlá-la, praticam em todas as circunstâncias a arte da aceitação. Quanto mais nos rendermos aos desígnios da existência, por ela ser sempre soberana e se impor sobre os desejos e expectativas de nosso ego, são maiores as chances de que ela nos traga a felicidade e a paz com que sonhamos.
Mas, ai de nós! Como nossa sabedoria é precária, necessitando de quase uma existência para amadurecer! Ainda que a vida nos traga algo bom, certamente não saberemos valorizá-lo, visto que o ego não dispensa a companhia do medo, da insatisfação e de novos desejos, na tentativa de preencher o vazio espiritual que resulta de uma existência desconectada do verdadeiro sentido de estarmos neste planeta, aqui e agora. Enquanto não estiver plenamente enraizado em nossa consciência que as provas colocadas em nosso caminho e as escolhas tomadas convergem para desafios evolutivos, assumidos antes mesmo de encarnarmos, seguiremos como cegos, tateando no escuro, à procura de uma explicação para o sentido da vida.
Nada do que acontece em nossa vida é inexplicável se tivermos em mente que cada encarnação é um degrau no processo evolutivo de nossa alma. Pessoas e relações que mais nos envolvem e mobilizam nossas emoções são, sem dúvida, aquelas com as quais temos questões cármicas a serem resolvidas. Temos uma espécie de compromisso com cada uma delas, porque vêm em nossa direção com o propósito de nos ajudar a crescer na vivência do que tem de mais íntimo no relacionamento, ou compartilhar a realização de algo significativo para o bem comum, ou a nos tornar aptos ao desapego, deixando ir aqueles de quem não desejamos soltar as amarras.
São obstáculos essenciais para identificar sinais vitais de nossa existência.