FHC foi eleito para privatizar o país drenando os recursos do Tesouro em função do pagamento de juros da dívida externa, que só fez crescer e inchar para não deixar dúvidas de que nossa economia merecia integrar a lista das 10 mais. A empáfia vigente acreditava que o ingresso dos dólares iria internacionalizar o Brasil e seus efeitos distribuídos ao povo em nível de emprego. A estabilização da moeda alcançada artificialmente ocasionou um crescimento abaixo da crítica que limitou os investimentos necessários para manter a população empregada, deteriorando o padrão de sobrevivência de 50 milhões de brasileiros em quase 10 anos.
Lula foi eleito para humanizar o modelo neoliberal e torná-lo menos economicista. Ao freqüentar os salões do poder, notou-se uma reverência estarrecedora do presidente-operário ao Senhor Mercado, no frisson da queda do dólar e do risco-Brasil diante dos profetas do caos, a ponto de provocar reclamações dos tucanos quanto a não sobrar espaço para fazerem oposição, e de serem usados como massa de manobra para passar as reformas. Reformas que, com a credibilidade conquistada, garantirão mais empréstimos do exterior diminuídos os rombos fiscais, segundo a prescrição médica do FMI, aperfeiçoando o estilo maquiavélico de FHC fazer política.
Lula invoca John Kennedy ao pedir que petistas pensem no país, embora cada um tenha o direito de falar as bobagens que quiser; usem a massa cinzenta, porque o fracasso os afastará do poder no mínimo 50 anos; contenham sua atração por holofotes, fora do PT não há vida inteligente através da imprensa; e homenageou a mulher na figura da reincidente Luciana Genro, ao prever problemas dentro de casa com o pai Tarso. Paternalizando, ao melhor estilo de Getúlio Vargas, eximiu-se de não poder dar aos filhos brasileiros o presente que gostaria no momento.
Lulinha paz e amor resultou em ser governo e ser oposição, a síndrome xifópaga que está reproduzindo o grande cisma da Revolução Comunista entre stalinistas, na defesa da ditadura do proletariado, e trotskistas, por uma maior liberdade dentro do Partido. A mesma divisão, entre petistas a favor da unidade, enfeixados para manter o poder contra os tubarões, e radicais xiitas, na fidelidade extrema ao trabalhador.
No repúdio ao petecanato, no abuso de metáforas futebolísticas que só resultam em botinadas da equipe presidencial, evidenciando pernas-de-pau em indecentes barrigas sem saber para que lado jogar. E em fraturas.
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