Quando o mundo não corresponde às expectativas, tende-se a culpar Deus por tê-lo criado com tamanhas imperfeições, sobrevindo a revolta e rebelando-se contra a falta de sentido na vida e no correr da história da Humanidade. Geralmente se envereda para examinar o que há de permanente na condição humana quando se nasce, se atravessa um mundo difícil, senão absurdo de compreender, e podendo vir a morrer sem ter desejado viver nesse mundo, ao desistir de vasculhar algo que emprestasse um mínimo de racionalidade à existência humana. Assumindo uma visão trágica da vida, não somente porque irá morrer irreversivelmente como também não alcançar qual o sentido que se tira da vida. Vindo à tona um sentimento de inconformismo, indignação e impotência por não encontrar respostas para dar sentido à existência. Imprensado entre a exigência de se conquistar a felicidade humana e a dificuldade de encontrá-la, apesar de todo o avanço da tecnologia, da medicina ao aumentar nossa vida útil e do pensamento filosófico, que expandiu nosso saber. Para o homem escolher por qual caminho trilhar, o itinerário tem de fazer sentido para não ser tragado pelas forças da Natureza. E a única luta na qual o homem se declara derrotado é aquela em que ele perde as esperanças e decide por abandoná-la. Salvo se o amor resgatá-lo de um buraco sem fundo por ser o mais sublime, elevado e divino de todos os elementos que compõem o Universo. Salvo se o amor, seja qual for o espírito que encarnar, conectá-lo com a vida e investi-la do sentido que tanto clamava aos Céus. Embora só atinjamos a compreensão exata e dramática de que a vida faz sentido tão somente quando já perdemos ou estamos próximos de perder esse amor iluminado. Por havermos desprezado todas as possibilidades desse amor em seus diferentes aspectos e nuances enquanto esperávamos encontrar um sentido para a vida.