Os nomes de blocos que os cariocas inventam para se divertir no Carnaval e afrontar carolas e moralistas hipócritas tornaram-se uma grandeza. “Se me der eu como”, “Já comi pior pagando”, “Perereca sem dono”, “Pinto na perereca”, “Pinto sarado”, “Encosta que ele cresce”, “É pequeno mas vai crescer”, “Toca… pra mim”, “Largo da mulher mas não largo do copo”, “Vai tomar no Grajaú” e o bloco formado por montanhistas: “Só o cume interessa”. O Carnaval prima pela sacanagem que é brincadeira e tira um sarro com a cara dos outros para proporcionar mais alegria no duplo sentido e não levar a sério o que você está acostumado a enfrentar o ano inteiro e se estressar com toda a razão. Por isso, para alguns, é difícil se despir da fantasia de que se investe no transcurso do ano e gostar do Carnaval. Cair na folia. Travestindo-se. Ser por uns dias o que poderia vir a ser se soltasse a franga. Vestindo uma fantasia que, quando o reconhecerem, saberão do que é capaz.