Por um crescente medo de não saber o que nos reserva o futuro quando desencarnarmos, vamos enrijecendo o nosso estado de espírito e esclerosando física e mentalmente quase sem nos aperceber, processo esse a que nós chamamos de velhice. Vem combinado ou originado em depressões e neuroses, desconhecendo o que se precipita primeiro, se o ovo ou a galinha. Nossos maiores carrascos são o infarto, acidentes cerebrais (AVCs) e câncer. A causa-mãe são as emoções de Roberto Carlos: de tantas mal ou bem vividas, não esquecemos os detalhes de uma história em que não deixei de amar e o importante são as emoções que eu vivi. Afora a genética, que nos persegue desde as origens quando encarnamos, e o que comemos e bebemos. As doenças da alma que introduzem o mal no corpo advêm do excesso na raiva, da agudeza da inveja e da frivolidade na vaidade. Agravadas hoje pela necessidade de se estar na mídia e de entrar na vida dos outros através das redes sociais, o que provoca uma comparação entre inteligências ou pobrezas de espírito, quando não culmina no confronto entre o poder aquisitivo das pessoas. E constatarmos o consumismo desenfreado a que se entregam. E que, por não satisfazer inteiramente, gera infelicidade por incompletude. Ou bem se gera o prazer e a felicidade com um estilo de vida que prolonga e muito a existência, ou estamos destinados à depressão e à ruína, aí já incorporado o medo de morrer. De que adianta sermos mais longevos, se não encontramos mais prazer na vida? Só quem se preocupa em tornar os outros felizes alcança sua própria felicidade!