A discussão é antiga, a ética é una e vale pra todos ou varia conforme a cara do freguês?
O povo que está por baixo ou é mal pago, não tem outro destino: inevitável furtar o bolso alheio. Tirar de quem é mais forrado para corrigir a injusta distribuição de renda. De que jeito? Fazendo concurso para se tornar meganha e recuperar o prejuízo como cidadão malnascido. É tiro e queda, logo no primeiro ano. Cordão de ouro com corrente grossa, se não for um alinhado Blazer para circular no funk. Afinal de contas, todo homem tem seu preço, reconhecem éticos que não agüentaram o rojão e se converteram à banda podre.
A banda podre atrai as más companhias e depena a pouca credibilidade da Polícia Militar do Rio de Janeiro, poderosa e consciente de seu fim justificar os meios em como derrubar o governador, se meterem a mão na sua chacrinha. Flagrados roubando engradados de cerveja e sequer são demitidos, porque comparados a irrelevantes ladrões de galinha. Acusados de receberem o seu no negócio de drogas, soltam fogos de artifício saudando a Justiça por tê-los livrado da cadeia e encontram compreensão no comandante exonerado, inspirado no desejo incontido que a liberdade provoca. Quando não ingressam no ramo empresarial de transportes, com vans disputando espaço com os ônibus e congestionando as ruas, organizados em cooperativas que se associam aos traficantes de drogas, encarregados de pôr fogo em linhas de ônibus que perturbem o mercado e garantindo o pedágio que os torna sócios do negócio – a famigerada sociedade de polícia com bandido. Quando não se estabelecem em milícias que se apoderam de favelas, liquidam com o tráfico, controlam a economia local com mão-de-ferro e são eleitos pelo povo.
O motim travestido de movimento por melhores salários encontra apoio forte e seguro do banditismo e de 330 policiais presos por falcatruas em batalhão prisional, ao decidirem entrar em greve de fome em solidariedade. Quando o ex-governador e ex-secretário de Segurança Garotinho já havia desmoralizado a greve de fome com sua pança de respeito. A mesma exibida por PMs em patrulhinhas, no ato de descolar quentinhas nos melhores restaurantes da praça. Trocando comida por segurança.
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