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SONHO

Eis que Allan Kardec nos apresenta uma versão do sonho completamente diferente de Freud.

Durante o sono, podem sobrevir ideias muito boas, até brilhantes, que vão sumindo, como que desaparecendo por entre os dedos, e apagadas da memória, apesar dos esforços incansáveis para não deixá-las escapar da mente. Mas, algumas vezes, o Espírito se lembra e as faz retornar como se fosse uma inspiração de momento. De onde vêm? Elas emanam da liberdade do Espírito, que procura quebrar esse encadeamento do corpo-Espírito, ainda que temporariamente, ao se aproveitar do sono ou mesmo de um estado apenas sonolento para se emancipar do corpo. Se o mergulho no sono for completo, vira um sonho, ao dispor de faculdades frequentemente supridas por conselhos que outros Espíritos dão – o intercâmbio espiritual não acessível ao nosso conhecimento. Quanto mais as forças vitais do corpo adormecem e se enfraquecem, mais o Espírito é livre para se liberar do corpo, mesmo que eventualmente. No sonho, você frequentemente revê amigos, pais e parentes, gente que pode lhe ser útil, até de outro país, ideias que surgem espontaneamente sem que consigamos explicá-las.   

O sonho ajuda a libertar seus anseios e a comunicação com outros espíritos, mas o homem nunca deve esquecer de que se encontra num plano inferior, ao qual está condicionado devido às suas imperfeições, e que depende dele não retornar a este mundo, desde que trabalhando por sua melhoria. 

Quanto mais seja o possível, distribuamos o bem o quanto antes. Ignorando se colheremos flores ou frutos, se observado o imediatismo humano. Enquanto aguardarmos manifestações alheias de gratidão, somos suscetíveis de paralisar nossas próprias obrigações, desviando-nos para o terreno obscuro da maledicência ou do julgamento precipitado, da teimosia reiterada na malignidade, ou mesmo dar guarida aos espíritos arrependidos de reparar o mal que propagaram para tentar fazer o bem ou recomeçar sua tarefa, para não perder o fruto do seu trabalho a meio do caminho. São aflições que refletem expiações do passado que nos fustigam, bem como provações que nos preparam para o nosso futuro. 

Portanto, a pluralidade das existências e a destinação da Terra como mundo expiatório vêm acudir o aparente absurdo que a dicotomia entre a felicidade e infelicidade apresenta, como forças contrárias e complementares, perante os bons e os maus, corroborando para viabilizar a maior criação de Deus – o sentido da vida.

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Antonio Carlos Gaio
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