Com que arrogância e destemor o homem é infiel! Como se fosse algo corriqueiro e integrasse a rotina da vida. Não que o romance não permeie a infidelidade para lhe dar um colorido e parecer que vem aí, finalmente, o amor verdadeiro. Porém, ele não se preocupa em manter as aparências quando está em jogo seu desassombro com que seduz mulheres fatais, belas da tarde ou falsas puritanas. Se o surpreendem fiel, é porque não apareceu coisa melhor.
Infidelidade se confunde com infelicidade quando se trata de explorar mulheres carentes e imbecilmente emotivas que se apaixonam ao mais leve contato. Um tesão enlouquecedor que as vincula ao mais belo dos sonhos, completamente desconectado da realidade. Com ele, plena. Sem ele, uma falta de apertar o coração – todavia, não existe vazio.
O bom senso manda que elas os observem através de suas atitudes e não pelo discurso. Contudo, as mulheres preferem se enganar, acreditando que, com o tempo, os conquistarão em definitivo. Ou que seu amor irá dobrá-los ao longo dos anos. Ou mesmo fazê-los enxergar uma realidade melhor para a sua vida.
Um desafio que mexe muito com o orgulho e a autoestima das mulheres. Até desistirem e saírem a mostrar para esses caras que eles não são tão importantes assim; afinal de contas, elas têm outras paixões, outros afazeres, dos quais não abrem mão, e que, além de tudo, são diferentes, especiais e únicas!
O homem que abusa da infidelidade tende a desenvolver uma personalidade psicopata, onde a amoralidade que norteia seu comportamento não denota o menor sinal de culpa ou remorso e reflete uma notória incapacidade para amar e se relacionar com laços afetivos profundos.
Ainda não se encontrou e paulatinamente se torna escravo de uma busca egocêntrica e constante, beirando o inútil, por não aprender com a experiência adquirida. Viciado em chegar de mansinho, assenhorear-se do espaço e tornar as mulheres também dependentes, quando corresponde a tudo aquilo que elas buscam e sonham.