Morreu Steve Jobs, o mestre da computação que inventou o futuro ao saber conjugar concepção, tecnologia de equipamento (hardware) e programação (software), design e arte como um todo ou mesmo nos filmes de animação. A própria revolução digital em larga escala ao viabilizar os computadores pessoais traduzindo a linguagem ininteligível das máquinas para o monitor, valendo-se do mouse. Ao criar um arsenal de músicas no iPod, evoluir do telefone inteligente para o iPhone com velocidade espantosa para filmar e flagrar qualquer talibã antes de um atentado, tornando-nos ainda mais dependentes do Google. Com o iPad, a imprensa e a literatura em edição digital, girando o mundo como quiser sob a ação de nossos dedos. Raramente aparece um ser tão iluminado na história da humanidade que cria um padrão de comunicação e linguagem quebrando com todos os paradigmas anteriores, e ainda com boas ideias fermentando e aguardando viabilidade tecnológica e financeira para serem implementadas. Jobs dominava o conjunto e os detalhes. O perfeccionismo, o talento artístico e a obsessão pelo controle estavam integralmente conectados à sua abordagem do projeto. Essa intensidade o estimulou a interpretar o mundo através da visão binária. Tão genial que desprezava pesquisa de mercado pela simples razão de que o internauta não sabia o que queria. Mas ele sabia o que inventava. Por acreditar que as pessoas são muito ocupadas e têm mais o que fazer do que pensar em como integrar seus computadores e dispositivos, mais ao gosto de geninhos e nerds. Breve estará ao lado de Ford, que trocou os cavalos pelo automóvel, e de Edison, que nos deu a luz. Muito embora tenha sido oferecido pelos pais à adoção e passado pela demissão da própria empresa que criou. A confirmar a tese de que esses heróis se despedem mais cedo de nós por sua colaboração ao conhecimento humano traduzir efeitos que necessitamos de tempo para assimilar. Desde cedo nos fuzilam com um pensar diferente, graças a Deus.
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