Da série das diferenças entre o governo Lula e o juiz supremo Gilmar Mendes. Preocupa ao sério magistrado o vazamento à imprensa do conteúdo das escutas telefônicas feitas pela Polícia Federal, em investigações sobre poderosos, como a do Fernando, filho do Sarney. Urge criar uma cultura diferente para auscultar ratazanas que maquinam a execução de assaltos aos cofres públicos, senão corremos o risco de banalizar a bisbilhotice e enxovalhar a privacidade de cidadãos dignos, até prova em contrário, podendo inclusive arranhar a dignidade de ministros de tribunais superiores, porventura no caminho. O cidadão da esquina não está nem um pouco preocupado com tamanha indiscrição, em virtude das armações planejadas que ouve e lê nas legendas da TV, diariamente. Tem sede de justiça, exige o desmascaramento de falsos paladinos e não quer saber de réu primário, foro privilegiado ou diminuição de pena para homicida ou estuprador, por bom comportamento na prisão. A banalização não se encontra na escuta e sim no desvio dos recursos públicos, sob a cobertura de senadores eleitos pela nossa santa ignorância.
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