Dilema do governador Tarcísio em São Paulo. Rendido ou vendido a Bolsonaro, a quem deve sua eleição. Se incentivasse a utilização da câmera na farda da PM, perderia o voto dos bolsonaristas, que querem ver a polícia atirando antes de saber se são bandidos ou não, perseguindo negros e levantando suspeita infundada sobre a população pobre. Os bolsonaristas desprezam a hipótese de que são também bandidos por suas ideias golpistas, a favor de pôr fogo na Natureza, contra a vacina e a ciência, a lista de absurdos é grande. Por outro lado, tamanha ignorância pode levar Tarcísio a perder voto junto à população mais esclarecida de São Paulo, o estado mais culto (ou instruído?) do país. Mas o sujeito culto, ou mesmo que somente saiba ler e escrever o trivial, vota em Bolsonaro? Essa dúvida vem desde a eleição de Bolsonaro em 2018, que se agravou em 2022. Só o analfabeto de pai e mãe, como se diz por aí, poderia cair na conversa de um vagabundo como Bolsonaro. Aguarda-se para o futuro uma investigação sobre essa fenomenologia que envergonha quem leva o Brasil a sério. Essa gente que vota no Bolsonaro. Foram tantos! Os bolsonaristas lembram os presos liberados para passar o Natal em casa, junto à família, e que não retornam às penitenciárias. A cultura de ludibriar e enganar.