O PSDB, em aliança diabólica com a mídia, não cansa de continuar em sua investida no golpe para tirar o PT do poder, de qualquer maneira. Não se trata somente de sangrar, e sim de decapitar. Agora que o impeachment foi dificultado pelas decisões do Supremo Tribunal Federal (sua argumentação calhorda) obrigando a eleição com o voto em aberto de uma comissão indicada pelos líderes dos partidos e a palavra final sobre o afastamento de Dilma cabendo ao Senado. Com essa nova realidade, a salvação da lavoura é mirar no julgamento do Tribunal Superior Eleitoral para afastar Dilma e Temer por recebimento de recursos de origem ilegal da Petrobras para sua chapa, embora Aécio tivesse sido aquinhoado pelas mesmas empreiteiras em sua campanha, com dinheiro considerado que lava mais branco. Os tucanos admitiram o óbvio: ninguém terá legitimidade para tirar o país da crise sem passar pelo voto popular. Só que querem convocar novas eleições em 2016 para aproveitar a liderança de Aécio nas pesquisas e cinco processos que tramitam no TSE, todos com o mesmo objetivo de usurpar o poder, facilitado pela influência do juiz tucano Gilmar Mendes e seu braço direito, “Gilmar Toffoli”, dentre os onze magistrados que irão julgar, com placar mínimo de 2 a 0 já garantido em seu favor. Ainda mais que, em fevereiro de 2016, Eduardo Cunha vai ser afastado pelo Supremo Tribunal Federal da Presidência da Câmara por interferir nas investigações do próprio Supremo sobre seus atos de rapina, e por estar desmoralizando o país, não mais convindo ficar próximo dele, e nem mesmo do limitado Temer, que teve participação ativa no modelo promíscuo do PT governar, segundo sua nova e abjeta análise da situação atual. O PSDB, que se autoproclama ético, descarta Eduardo Cunha por só agora se transformar em vilão a seus olhos. Temer, por representar a continuidade de um modelo Bolsa Família com que pretende acabar. E só não descarta o impeachment porque lhe interessa manter a farsa e aprofundar a crise para prejudicar a economia brasileira e rebaixar a renda da classe média emergente que apoia Lula, já que admitiram como única saída a via eleição respaldada pela Constituição. Acusando o golpe no fígado ao serem chamados de golpistas, com a possibilidade da fama vingar. Igualmente os eleitores do Aécio, sem os mesmos compromissos, que naturalmente se calaram frustrados por preferirem a via rápida ao feitio do Estado Islâmico.