X

TEORIA CONSPIRATÓRIA ORIGINADA DA MISSÃO DE MARINA

Estava tudo escrito. Eduardo Campos tinha de morrer para dar espaço a Marina. Não adianta investigar pois não foi vítima de um atentado cometido por aloprados. Marina é uma personagem messiânica que veio com a missão de pôr fim à bipolaridade que caracteriza o destino da nação, desde que Collor foi desapeado do poder. Um poder disputado entre PT e PSDB, duas forças completamente opostas que se repelem mutuamente. Cada uma, no lugar do Bem, achando que a outra personifica o Mal, invertendo os fatores para bem provar sua tese, cabendo a Marina desarticular essa moto-perpétua e governar com PT e PSDB para acabar com a oposição e extinguir com o baixo clero, destruindo seus líderes Sarney, Renan Calheiros e Collor. Assim se qualificando para ser a porta-voz das manifestações que ecoaram em todo o país e pôr em prática suas reivindicações, acalmando os black blocs. Não foi por outro motivo que subiu num piscar de olhos nas pesquisas tão logo o avião que levava Eduardo Campos se espatifar num minúsculo quintal de Santos, assim levado pelas forças da Natureza. Tanto é verdade o mito Marina que o enterro de Eduardo Campos foi saudado, ao final das exéquias, com fogos de artifício; seus filhos, com punhos cerrados e entoando gritos de guerra, foram ovacionados ao longo do cortejo fúnebre; o povo, enlouquecido, tirava foto selfi ao lado do caixão; e a viúva Renata Campos resolveu continuar a campanha, como se seu marido estivesse vivo, pegando a bandeira do partido e convocando seu povo a “não desistir do Brasil”. Se esse jorrar de cascatas ainda não o convenceram, és muito insensível, desconfiado, inflexível, e não acredita no poder da democracia.
Categories: Croniquetas
Antonio Carlos Gaio:
Related Post

Este site usa cookies.