O saquê é uma aguardente japonesa que não queima a garganta como a cachaça. Suave, se deglute como água. Não se apercebe como o envolve, o arrebata e não o derruba. Embora, sem você esperar, o deixa de porre, no padrão zen de qualidade. Não provém da uva, da cana-de-açúcar, do milho, mas do arroz, que tem o poder de juntar, do unido, venceremos. Pois se abre pro feijão e miscigena um pagode que pede um goró, é porque só pode dar samba de partido alto e tirar qualquer um do sério, fazendo o apressado comer o peixe cru e casar com a primeira japonesa que aparecer rebolando; e, como todo bom samurai, enfiar a espada no sol nascente.