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TODO SOMOS AUTORES DE NOSSA PRÓPRIA SAÚDE OU ENFERMIDADE
Quanto mais velhos vamos ficando, não importa a faixa etária, nos apercebemos que até os nossos maiores problemas se vão para bem longe, parando de conturbar nossas mentes. Mesmo os julgados inarredáveis, quando pensávamos que permaneceríamos casados com eles na alegria e na tristeza.
Salvo os problemas nos quais não nos livramos do ressentimento e da mágoa, o que não nos permite alcançar a paz interior tão almejada. Embora, às vezes, não conseguir o que se quer é como acertar na loteria, um maravilhoso golpe de sorte.
É quando se descobre que ser feliz não significa viver no mais perfeito dos mundos e sim enxergar além das imperfeições que não somos ondinhas inconsequentes que dão na praia. Somos um autêntico oceano que busca um verdadeiro canal para escoar nossa criatividade e ânsia de construir, sabedores de que não encontraremos um caminho pronto e que estamos sozinhos nessa empreitada.
Estar sozinho não é viver na solidão nem ser eremita. Tão somente aqueles que são capazes de viver sozinhos encontram-se aptos a chegar ao cerne de quem ama sem se tornar dela dependente ou, em contrário senso, sem reduzi-la a uma ínfima fração.
É quando descobre que algo vem vindo de dentro de você, que não tem direito de obscurecê-lo e nenhuma opção senão vivê-lo, reverberá-lo. Para viver o dilema que amarga minha alma. Se meus pensamentos são essencialmente livres, por que a crueza da sinceridade neles contida costuma pesar e confundir por ofender o recato natural das pessoas no que há de mais recôndito e que se oculta à vista e ao conhecimento?
Segundo Buda, todo ser humano é o autor de sua própria saúde ou enfermidade.
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Antonio
Carlos Gaio
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