Os traficantes não estão interessados em papo furado de injusta distribuição de renda, infância desamparada e pensar no amanhã. Querem o deles com base em inúmeros vícios que a sociedade cultiva, mole de explorar. Não querem comer na mão de ninguém. A ponto de terceirizarem ladrões otários para roubar roupas de grife em lojas de luxo. Já que almejam se exibirem em festas funk, proporcionando a falsa ilusão de que são os tais na favela que dominam. Que está mais para prisão com regalias, pois, se saírem dali, correm o risco de perder a boa vida nas mãos da polícia ou de facções rivais. Como aproveitar o montão de dinheiro que entra, se não têm muita liberdade? Construir uma mansão espetacular dá na pinta e no disque-denúncia – ofende o favelado vizinho. Carrão e velocidade, onde? Se mal há espaço para bicicleta. Só resta gastar melhorando a aparência. É ruim, hein! Qual é o dentista ou cirurgião plástico de qualidade que irá dar jeito num mal-encarado, obcecado em demonstrar sempre a má índole? Não se corrige o espírito predominante.
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