Uma vitória do cinema brasileiro em Berlim. Venceu o filme americano “Sangue Negro” com 8 indicações ao Oscar, deixou na poeira as críticas negativas que o desqualificaram como fascista, embora a PM do Rio tivesse tentado judicialmente censurá-lo. Preterido na seleção para representar o Brasil no Oscar de melhor filme estrangeiro. Perseguido pelo marginalismo exibido, a tal ponto que os DVDs piratas acabaram se transformando no melhor veículo de publicidade. O talento de José Padilha, o diretor, só poderia ser reconhecido por um Costa-Gravas, o presidente do júri e emérito realizador de filmes sobre ditadura, regime militar, tortura e o braço armado de uniforme no emprego generalizado da violência.