Não é possível abrir mão de sua vida, de seu espírito e de seu corpo. Escolher outro meio de se investir na jornada da vida material. Somos a nossa única e mais verdadeira companhia até o fim de nossos dias. Contraditoriamente mais voltados para a realidade do mundo exterior do que para o nosso interior.
É inconcebível que sejamos um ilustre desconhecido para nós mesmos. Ao nos sujeitarmos ao perfil imposto pela sociedade e, dificilmente, darmos uma parada para refletir se como pensamos ou agimos faz sentido para nós. Já que nos sentimos mais à vontade em nosso mundinho já conhecido e restrito, e até se constitua num refúgio natural e seguro, ainda que a angústia e o sofrimento acossem e perturbem o nosso inconsciente.
São poucos os que estão dispostos a mergulhar nas profundezas da alma para conhecer a si mesmo. Salvo se a insatisfação atingir níveis insuportáveis é que somos compelidos a sair de nossa zona de conforto e ir em busca de nossa verdade. Apesar da jornada à frente se apresentar plena de sobressaltos e retrocessos.
Para ao final nos depararmos com os frutos que superarão toda a luta, e descobrirmos surpresos que já estavam bem ali, ao nosso alcance. Aquilo pelo qual tanto ansiávamos. Ah, se arrependimento matasse! Gastamos um tempo desnecessário e precioso evitando o contato com um mundo mais inteligente e evoluído: o nosso mundo interior. Por não confiar em nosso potencial.
Adentrar em nossos porões, subir ao sótão, investigar cada recanto de nossa casa e encarar as sombras que ali habitam. Por maior receio que isso nos cause, é a única alternativa que nos resta de deixarmos a Luz penetrar e nos banhar de tal maneira que revele a verdadeira realidade de nosso ser. E adquirir fé na missão que nos foi destinada.