Às vezes eu penso
que tudo já foi dito,
que o que preciso dizer
já foi escrito
por outro alguém
e que ninguém pode ser
totalmente original,
porque desde que
o mundo é mundo
nenhum tormento,
alegria ou descoberta
é exclusiva ou individual.
Somos todos humanos,
acertamos e erramos
e o nosso sentir é igual.
Por isso, escrevo,
não quero ser diferente,
nem especial.
Quando escrevo,
vejo que sou normal.