Quando a prostituição tem um peso importante no Produto Nacional Bruto a ponto da imagem de uma nação perante as outras ser perfeitamente identificada nos hotéis, em books e folders, jornais, TV e demais meios de informações, do ponto de vista moralista, é um sinal de decadência. Do ponto de vista moral, o que importa é a economia. Do ponto de vista ético, depende do momento.
Bangkok é a fonte dos encantos cujo chamariz deveria ser o budismo no reino de Sião. Mas, a prostituição atingiu proporções alarmantes, 1 milhão de pessoas operam no mercado do sexo, transformando-a num emblema, através de prospectos, folhetos turísticos e classificados em jornais, formando uma imagem que é veiculada no exterior, com a anuência das autoridades.
Apesar da Aids ter se tornado a primeira causa de morte, ultrapassando o câncer, a Tailândia se supera ao exportar mão-de-obra qualificada para se tornar esposa fiel, submissa e doméstica, e por atrair para seu território 10 milhões de turistas que demandam amor pago. O carro-chefe do circo é o pompoarismo, contração voluntária dos músculos circunvaginais, a fim de induzir sensações eróticas no pênis durante o ato sexual, daí a exibição de mulheres fumando pela vagina e disparando bolas de pingue-pongue ou setas por uma zarabatana colocada na vagina.
Seduzindo homens que só se locomovem movidos a estímulos sexuais. Os puros-sangues alemães se destacam à frente do pelotão, a trocar figurinhas com as chamadas massagistas, que nada mais são do que prostitutas que, antes de iniciarem a cópula, começam por massagear o corpo, porque partem do princípio que essa espécie de homem, ainda distante da extinção, não se encontra mais ereto e não consegue ficar mais durinho, vergado pelo tempo, pelas mixórdias da vida, pelas neuroses, confirmando a própria involução do Homo Erectus.
Talvez seja o caso de se providenciar, a exemplo de mosteiros tailandeses em grandes festejos budistas, num cantinho para ninguém ver, um pequeno cárcere, não para botar um animal selvagem, no tamanho adequado a pessoas de 1,60 m que se comportarem mal durante as sagrações e mantras. Invocando Buda enxotam o bêbado para dentro dessa jaula até que a polícia chegue e o carregue para a delegacia.
O Brasil perde no focinho para a Tailândia, apenas por abafar melhor a prostituição de meninas que poderiam ser suas filhas, configurando-se a omissão das autoridades num caso de incesto consentido. Não se sabe onde se vai buscar tanta frieza enquanto a exportação de recém-nascidos progride, o assassinato dos seis empresários portugueses em Fortaleza expôs às vísceras o turismo sexual e o tráfico de mulheres. No que chegaram nem foram ao hotel em busca da orgia, sob a promessa de que garotas de programa trariam a felicidade que suas esposas e filhos não são capazes, legando vergonha aos entes queridos a cada vez que mirarem seus retratos nas molduras.
Cuba, a próxima atração. Já estão sendo organizados grupos de maridos que viajam sem esposa, atrás de universitárias baratas, precisando de roupa e dinheiro para melhorar o padrão de vida da família com bens de consumo necessários a um maior conforto não existente na ilha. Na Praia de Varadero, as muchachas de 14 a 20 engrossam as ruas em troca de um vestido e sapato, transparecendo ingenuidade ao insistirem que não é prostituição, o fazem por necessidade.
Os homens adoram ser enganados e com o bolso cheio das “verdinhas” se sentem como provectos provedores e califas a querer fazer o bem para suas perdidas e queridas amigas, companheiras de trabalho solidárias na dor da solidão de quem nunca alcança a paz de espírito na companhia de com quem divide os travesseiros.
Que mal há nisso se o amor em canudinhos satisfaz mais do que rezar para Nossa Senhora Desatadora de Nós que entorpecem e enrolam nossas vidas? Para quê queimar a mufa com o caráter maligno que nos permeia para enredar em confusões? Seria paranóia, as Virgens Marias foram testemunhas de quanto custou transformar o caráter reprodutor do sexo em prazer.
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