O senador republicano americano John McCain se mandou para a Ucrânia, às vésperas do Natal, para declarar em praça pública: “O destino que vocês procuram está na Europa. Ucranianos, este é o seu momento! O mundo livre está com vocês, os EUA estão com vocês, eu estou com vocês!”. Eu quem, cara-pálida? Quer declaração mais imperialista e reveladora do seu papel de dona do mundo para se aproveitar de que a Ucrânia é pivô de uma guerra por influência entre a União Europeia e a Rússia? O clima ainda é de Guerra fria, com os EUA querendo detonar o que resta da Cortina de Ferro e com a Rússia tentando manter atrelados os países da extinta União Soviética como seus satélites. 24 anos depois da queda do Muro de Berlim, os EUA ainda se servindo da política anticomunista, que lhe rendeu tantos dividendos, com a Rússia transformando a Ucrânia na cidade partida de Zuenir Ventura, à semelhança de uma Turquia, que não sabe se pertence ao cosmopolitismo europeu ou se está integrada à corrente islâmica. A Rússia, como nação, se originou da Ucrânia pelos idos dos anos 800 d.C., quando Kiev, a atual capital da Ucrânia, foi uma de suas capitais. Entretanto, hoje em dia, não mais interessam suas origens ou com quem foi criado, e sim escapar ao estado de pobre a que o comunismo relega, em sua fixação na igualdade absoluta em matéria política, social e cívica. Não havendo mais necessidade de fugir para os paraísos do consumo, mas com o povo ucraniano exigindo que a Ucrânia se converta em mais um templo do consumo, a partir de padrões europeus. Guerra perdida para o restolho do comunismo, – o consumismo a venceu. Continua vigorando a seleção natural de Darwin, prevalecendo a lei do mais forte, quem melhor se adaptar ao que a demanda exige, pouco importando quem não resiste ou quem não consegue progredir.