Desde que a educação preocupou-se em formar profissionais para o mercado, perdeu-se o foco em preparar homens e mulheres para a vida. Gerou-se um stress em que se faz necessário rir muito para esquecer a escravização a esses novos valores impostos pelo mercado. O indivíduo se distancia de si mesmo e acusa deformações de uma vida desesperada e subserviente, incapaz num universo que não estimula maiores reflexões, a ponto de não lhe propiciar espaço para ensaiar alguns passos e sair dessa armadilha. Apesar de avançarmos firmemente rumo a uma sociedade mais democrática, com alternância de poderes e o crescimento econômico trazendo uma melhor distribuição de renda, regredimos. Nossa sensibilidade ficou voltada para uma política de resultados, ansiosos por descobrir como nos adaptarmos a um mundo que exige sermos alegres, magros, amando e sendo amados, sem disfunção erétil, quando antes havia o compromisso de tentar quebrar a espinha dorsal dessa máquina de fazer doido. E a preocupação em como fazer amigos.
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