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UM SANTO VIZINHO

O que seria de “Um santo vizinho” sem um ator como Bill Murray? Um filme simples, despretensioso, tipicamente americano, contudo, alegre, envolvente e que nos leva às lágrimas ao final, justificando a ida ao cinema. A capacidade de debochar de Bill Murray sem limites e seu perfil supostamente amoral com um aspecto sempre decadente nos filmes em que se apresenta garantem um justo público cativo. Usualmente com barba por fazer, cara de quem vai tarde para a cama e não dorme tudo o que precisava, rosnando de mau humor, descrente da vida, comprando fiado e devendo ao nível da falência, incapaz de segurar um relacionamento, quanto mais educar um filho, ainda mais postiço – o mote do filme. Impossível de esquecer o Bill Murray de “Feitiço do tempo” e “Encontros e desencontros”. Merecia a indicação para o Oscar de melhor ator.
Antonio Carlos Gaio:
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