Não tenho braços de aço
mas faço do meu cansaço, luta.
Tenho uma força filha da puta
na revolta e no tédio.
Não tenho remédio,
sou a doença.
Não tenho crença,
sou o ateu
que acredita no “eu”
e nada mais.
Não sou paz,
sou guerra.
Enterra tua semente
em mim.
Cê mente?
Sim.
Eu também,
tão bem…
Vem,
vem duelar
com você mesmo.
Essa batalha
não é a esmo.
Você não precisa
de Deus
se teus esforços
são santos,
se teu inferno edifica.
Onde fica o botão da fé?
É na igreja que você aprende
ou é quando você se rende
ao universo?
Você, não sei,
mas Deus,
pra mim,
está no verso.
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