Quando o PSDB pensa na campanha presidencial, pretende propagar o mal-estar que julga assolar o Brasil, como se fôssemos um país de quinta categoria. A estratégia de pintar o pior dos mundos (nas palavras do senador tucano Aloysio Nunes) é perigosíssima no frigir dos ovos. Porque obriga a demonstrar o que anda de tão errado no país e, pior, apresentar solução tintim por tintim como seu programa, o que é temerário por poder implicar em falsas promessas. Sujeito a contestação e abrir seu flanco, ainda mais se fizer se acompanhar de seu padrinho, FHC, derrotado três vezes no que ele teria de melhor em matéria de ideias e conceitos e rejeitado pelos próprios candidatos tucanos em 2002, 2006 e 2010 – isso será lembrado. Além do discurso pessimista não atrair o eleitor, que exige propostas positivas e não catastrofistas, senão acaba como o Jornal Nacional de 04/03/2014, que anunciou a iminência de um apagão se continuar a ausência de chuvas no Sudeste, para, na sequência do noticiário, o serviço de meteorologia prever fortes chuvas no mês de março. Uma contradição que causa espanto e mal-estar pois que a ineficiência editorial flagra a intenção de propagar o mal-estar proposto pelo comando maior, quando o artifício para manipular é de quinta categoria.