Foi de propósito, de caso pensado, a “coincidência” nas datas do julgamento de Lula em segunda instância em tempo recorde e da internação da Dona Marisa (24 de janeiro), que a levou ao óbito em 3 de fevereiro de 2017 – execução essa decretada pelo juiz Moro para condená-la à morte aos poucos, de modo a provocar um aneurisma (podia ser outra doença mortífera qualquer), traumatizando-a desde que quase conseguiu prender Lula ao arrastá-lo de sua casa coercitivamente em 2016. Má índole. Sentimento ruim. Perversão na primeira e segunda instância. Mais perseguição política, não existe no Brasil. Alma de carrasco na magistratura. Postura inquisitorial. Com o intuito de machucar, de ferir. Pré-julgamento. Mais do que golpista. Mais do que afastar Lula da campanha presidencial. Total cegueira política, já que vai ter consequência e propiciar o início de uma guerra política encarniçada e acirrar os ânimos para as futuras batalhas eleitorais. Raça podre essa do Judiciário, a começar pelo Moro. E olhe que desembargador é considerado de alto nível, imagine o Supremo! O que se trata de fato é a politização do Judiciário, que os faz cegar a justiça e agir como chefetes políticos, a exemplo de Gilmar Mendes, Moro e Gebran, criminalizando os “males do Brasil” (os projetos sociais) para devolver o país à elite e à insegurança da distribuição injusta de renda, mas sob suas rédeas. A aceleração do julgamento expõe a maquinação processual, a suspensão dos direitos e das garantias legais, a condenação prévia sem provas e baseada em “convicções”, e a extrema subjetividade da República de Curitiba, tudo guarnecido por um brutal e constante massacre midiático, no qual a Rede Globo ocupa papel preponderante. Consagra-se um regime de exceção ditado pelo Poder Judiciário, que antecipa a condenação do Lula para inviabilizar sua candidatura presidencial, tida como imbatível em qualquer cenário projetado para 2018, e reveladora da incapacidade da oligarquia golpista de impor seu candidato. A oligarquia tenta, com este golpe dentro do golpe, assegurar a continuidade do golpe e das políticas antissociais que estão devastando e colonizando o país. O banimento de Lula, se concretizado, poderá mergulhar o país num ambiente de conturbação e de conflitos sociais de dimensões impensáveis, pois será uma fraude eleitoral a fazer jus ao revide e ao povo buscar as ruas para exigir que não vingue mais uma ditadura – essa de estilo nunca antes visto. O cenário já é de ilegitimidade, com o Supremo Tribunal Federal propagando insegurança jurídica a partir de decisões não coerentes ao ser constantemente demandado. Vão transformar Lula num mártir e condenar suas almas ao inferno.